Advogada envia beijo ao membro do MP em audiência. Ele recusa, chamando-a de feia. Caso envolve tentativa de homicídio qualificado e está sob investigação criminal pelo conselho de sentença.
O promotor de Justiça do MP/GO surpreendeu a todos ao chamar uma advogada de feia durante uma sessão do Tribunal do Júri em Alto Paraíso de Goiás nesta sexta-feira, 22. A atitude inapropriada gerou tumulto na sala e resultou na saída de uma das juradas, que se levantou e declarou que não participaria mais do julgamento. O juiz de Direito teve que intervir para restabelecer a ordem e decidiu pela dissolução do conselho de sentença, anulando assim a sessão.
O acusador mostrou falta de decoro ao agir de forma inadequada durante o julgamento, o que culminou na intervenção do juiz para evitar maiores problemas. A atitude do promotor gerou constrangimento entre os presentes e evidenciou a importância do respeito mútuo durante os procedimentos judiciais. É fundamental que os profissionais envolvidos mantenham a conduta esperada, garantindo assim a lisura e imparcialidade dos julgamentos.
Promotor de Justiça envolvido em caso polêmico durante julgamento
‘Se eu quisesse beijar alguém aqui, eu gostaria de beijar essas moças bonitas, e não a senhora, que é feia.’ Após protestos dos presentes, ele continua: ‘Eu menti? Tecnicamente, ela não é uma mulher bonita’.
O caso em questão tratava de tentativa de homicídio qualificado mediante promessa de recompensa e envolveu o promotor de Justiça Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury e a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla. O membro do parquet registrou em ata que a referida advogada estaria interrompendo a sustentação oral do MP, tumultuando a tese sustentada.
Discussão acalorada durante audiência gera repercussão
‘As interrupções foram de forma exaltada, descortês e aos gritos.’ Ainda segundo a ata de audiência, a advogada encerrou uma de suas falas de forma ‘irônica, sarcástica e ofensiva’, dizendo ‘um beijo’. Em resposta, o promotor afirmou que, se tivesse que aceitar o beijo de alguém, seria das demais advogadas, e não dela, ‘que é feia’.
O tumulto resultou no abandono do corpo de sentença por parte de uma jurada, levando à dissolução do conselho e à anulação da sessão. Após o episódio, várias entidades se manifestaram, repudiando as declarações misóginas do promotor e prometendo uma investigação criminal e administrativa em relação ao ocorrido.
OAB e entidades repudiam conduta e se solidarizam com advogada
A OAB/GO enfatizou que as declarações do promotor violaram a ética profissional e que será assegurada uma investigação criminal e administrativa. ‘Demonstramos solidariedade à advogada afetada e reafirmamos nosso compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos de toda a advocacia, neste caso, especialmente da mulher advogada.’
A OAB/DF também emitiu nota, declarando que não tolerarão esse comportamento e oferecendo apoio à advogada afetada. A Abracrim Nacional expressou repulsa às declarações do promotor, destacando a importância do respeito no exercício da Justiça.
O caso foi considerado grave e a atitude do promotor foi repudiada. A falta de respeito e a discriminação de gênero no ambiente jurídico foram duramente criticadas, ressaltando a importância de lutar contra qualquer forma de violência ou desigualdade.
A fala do Promotor durante o julgamento foi tão chocante que uma das juradas se levantou e abandonou o Plenário do Júri, resultando na dissolução do Conselho de Sentença.
Fonte: © Migalhas
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